segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

ANO NOVO CHINÊS

Uma vez mais a Professora Liliana Gonçalves, deixa aqui no Blog o testemunho do quotidiano do Povo Chinês - Os festejos de Ano Novo. Da minha parte, as devidas desculpas pelo atraso na publicação deste post.
ANO NOVO CHINÊS

Hoje, dia 13 de Fevereiro, é véspera do Ano Novo Chinês. Lá fora o barulho do fogo de artifício e dos panchões impera.
O Ano Novo Chinês, tendo em conta o calendário lunar, celebra-se em Janeiro ou Fevereiro. Trata-se da mais importante festa do ano para o povo chinês e, habitualmente, é celebrada em família. Então, por esta altura, muitos chineses regressam às suas terras de origem.
Para o jantar, vários pratos são confeccionados, inclusivamente “jiaozi”, uma espécie de rissol de carne, camarão ou legumes, que é cozido em água. A comida é abundante para que nos dois dias seguintes de festa não seja necessário cozinhar. Conta-se que as tarefas realizadas no dia de Ano Novo se tornarão numa espécie de “maldição”, forçosamente repetidas durante todo o ano. Diz-se ainda que, nesse dia, não é bom usar objectos cortantes, como faca ou tesoura, porque dessa forma corre-se o risco de estar a “cortar” com coisas boas da vida.
Durante os três dias festivos é habitual queimar fogo de artifício e panchões, que são vendidos em grandes quantidades nas ruas. Em alguns locais, à noite, o ruído é ensurdecedor e grandes nuvens de fumo ficam no ar. Tudo isto porque, segundo a lenda, havia um monstro cruel chamado Ano que atacava uma povoação no final de cada ano. Todas as tentativas para matar esse monstro falharam, até que um dia alguém descobriu que ele tinha medo do ruído provocado pelo fogo de artifício. A partir de então, muitas pessoas lançam foguetes para afastar monstros e espíritos malvados das suas vidas.

Liliana Gonçalves
Muito Obrigado, Professora Liliana..

As Especificidades do Envelhecimento em Contexto Rural

A Dr(a) Fernanda Alves, disponibilizou através deste Blog o seu Estudo de Investigação, âmbito da Licenciatura em Assistente Social que tem como titulo "As Especificidades do Envelhecimento em Contexto Rural" que a freguesia da Facha serviu como caso de estudo. Agradecemos, desde já, a sua boa vontade.

Resumo
Este estudo visa conhecer em que medida as redes de relações primárias se tornam elementos fundamentais no apoio instrumental e bem-estar psicossocial do idoso em contexto rural.
De facto, verificou-se que os idosos da freguesia da Facha têm uma grande ligação afectiva com os vizinhos, constatando-se que a seguir à família é com os vizinhos que os idosos se relacionam. Existem mesmo situações que na ausência da família, quando esta está longe ou é inexistente são os vizinhos os promotores de bemestar destas pessoas, ao prestar apoio na satisfação das necessidades mais básicas (fazer as compras, limpar a casa, confeccionar as refeições e tratar das roupas). No entanto, em relação ao apoio instrumental (higiene pessoal) não se verifica a ajuda dos vizinhos, apenas da família quando os idosos necessitam.
Relativamente ao apoio emocional ou psicossocial (conversar e pedir ajuda) observou-se a mesma situação que a anterior, no sentido que quando os familiares não estão presentes é aos vizinhos que os idosos procuram este suporte.
Quanto às inferências sobre os contributos deste estudo, ou seja, que tipo de apoio ou suporte é prestado aos idosos em contexto de ruralidade, a autora Constança Paúl et all (2005, 102) salienta que a existência de uma rede social de apoio primária ou informal, destacando-se o suporte dos vizinhos e dos amigos é “ (…) geralmente considerada como um bom indicador de saúde mental e um óptimo prognóstico de bem-estar, uma vez que serve para facilitar o confronto e resolução de acontecimentos de vida difíceis e/ou amortecer o seu impacto”.
Assim sendo, é fundamental para o/a Assistente Social conhecer em profundidade a rede de relações primárias da pessoa idosa, porque esta pode possibilitar que se desenvolva respostas sociais mais ajustadas às necessidades dos cidadãos com mais idade.
Ao nível do território o facto de se estudar e conhecer as necessidades dos cidadãos idosos, vai permitir aferir qual o equipamento social mais adequado para a população estudada neste contexto. Neste sentido, identifica-se o Centro de Dia ou o Centro de Convívio, como a medida de política social mais aconselhada, contrariando, deste modo, a lógica da institucionalização (acolhimento institucional).

O apoio a 3ª idade é sem dúvida um problema que vai afectar a nossa sociedade nos próximos tempos. A população portuguesa está em envelhecer, a freguesia da Facha não é alheia a este drama e já se começaram a criar condições (Centro de Dia) para dar resposta a estas necessidades.
Para visualizar o Estudo de Investigação na integra faça o download do projecto .